O oeste paulista perdeu um grande realizador irável em suas obras e grande empresário. Leal, brincalhão, amigo e tudo de bom que Deus pode dar ao ser humano.
Conheci o Milton Penachi na década de 1970, através da gentil Odila Alons, outra grande amiga. Ela me convidou para ser professor da ITE em uma visita que fez à Rádio Presidente Venceslau AM, para fazer propaganda de um novo curso na Toledo.
Honraria muito grande para um menino pobre e da periferia venceslauense. Aos 24 anos, tive a honra e a responsabilidade de ser um dos primeiros mestres da faculdade de Ciências istrativas de Presidente Prudente. Não é preciso explicar o sentimento que me invadiu neste dia ao receber o convite e, perante 100 alunos do primeiro termo, proferir a minha primeira aula.
Milton, quando o conheci, apresentado pela Odila, me tratou como alguém que conhecia há muito tempo.
Me apresentou a toda família e ao coordenador dos cursos de Direito e istração, professor Almoste Manfrinato, que era de Bauru, homem de confiança do Dr. Antonio Eufrásio de Toledo, magnífico reitor da ITE em Bauru, Presidente Prudente e Araçatuba.
Nas idas a Presidente Prudente para ministrar aulas, Milton Penachi estava sempre sentado estrategicamente na secretaria, onde saudava aos professores que chegavam. Eram juízes, promotores e advogados que compunham o corpo docente dos cursos e o professor Milton com alegria e bom humor os saudava, chamando a todos de doutores. Tinha sempre uma palavra de carinho e afeto para todos.
Era dono de tudo, mas agia com a simplicidade de um secretário sempre solícito. Milton, “O Mineiro”, como o chamávamos, a tudo via e resolvia com um sorriso largo, sem estardalhaço, com a picardia dos mineiros, tão famosos na paciência e no trato pessoal.
Mas nesta vida tudo a e chega ao final neste domingo: 20 de setembro é um dia triste para nós e todos que o amavam. Melancólico e triste para quem perdeu este grande brasileiro.
Apesar de afastados da convivência pessoal, sempre lembrei do Milton Penachi com amor e, sobretudo, gratidão, pois um dia, junto com Odila e sua família, me tronaram Professor da Toledo, um dos mais altos reconhecimentos pessoais; de qualquer indivíduo no nosso país.
Uma das maiores instituições de ensino superior do Brasil.
Deixo aqui minha homenagem a este ser humano inesquecível e se Deus quiser ainda escreverei sobre a importância de Milton como empreendedor no campo educacional, o qual considero um dos homens mais importantes da nossa região.
Que Deus o acolha em sua imensa escola. Meu agradecimento por mim e tenho a certeza que por todos que um dia foram seus amigos.