Na Avenida Washington Luiz, onde o tempo não consegue vencer as ilusões. Um lugar que guarda felicidades, um guardião de memórias, um palco de encontros, um coração pulsante da cidade. O Tênis Clube de Presidente Prudente, em seus 91 anos de existência, não é apenas um amontoado de tijolos e piscinas azuis; é a própria alma de uma era, o testemunho vivo de gerações que nele encontraram refúgio, alegria e um senso de pertencimento.
Em cada quadra de saibro, o eco de raquetes e risos soltos no ar, a dança de bolas amarelas sob o sol forte, contam histórias de vitórias e amizades forjadas. Nos salões, o brilho dos bailes de outrora ainda parece cintilar, e a música, mesmo silente, convida a um o de valsa, a um abraço apertado. O Tênis Clube é um relicário de momentos, um álbum de fotografias vivas onde cada rosto, cada sorriso, cada celebração se entrelaça na tapeçaria da história prudentina.
Mas, entre todas as suas glórias e tradições, há uma que se destaca, uma joia rara que transcendeu seus muros e pintou a cidade com as cores da mais pura euforia: a Escola de Samba Malacos do Tênis, fundada pelo Mestre Amendoim (in memoriam). Ah, os Malacos! Nome que evoca a irreverência e a paixão, que transformou confetes e serpentinas em rios de felicidade. Fomos Pierrot apaixonados em busca de um sorriso de uma Colombina. Eles não apenas desfilavam; eles pulsavam, eles cantavam a alma do clube, levando a alegria contagiante do samba para as ruas, marcando gerações com a batida inesquecível de um pandeiro, do surdo e de tamborins, e o brilho das fantasias. Foi a maior criação sociocultural do clube, um legado de pura efervescência que ainda hoje ressoa nos corações de quem viveu aqueles carnavais.
Localizado no ponto mais nobre da cidade, o Tênis Clube é mais que um endereço; é um ícone, um ponto de referência que se confunde com a própria identidade de Presidente Prudente. Seus 91 anos são a prova de uma resiliência poética, de uma capacidade de se reinventar sem perder a essência, de continuar sendo um farol de convivência e cultura. A todos os presidentes, diretores, gerentes e funcionários nosso muito obrigado.
Que venham mais anos, mais histórias, mais risos e, quem sabe, mais carnavais com o espírito dos Malacos. Que o Tênis Clube continue a ser esse pedaço de poesia viva, onde o ado e o presente se encontram para celebrar a beleza de uma comunidade que cresceu e prosperou em suas acolhedoras e festivas instalações. Parabéns, Tênis Clube, por 91 anos de uma existência que é, em si, uma crônica de amor e tradição.