O projeto Cristolândia da Igreja Batista desenvolvido em Álvares Machado – fruto de uma iniciativa que surgiu na Cracolândia em São Paulo – acaba de receber a parceria do Prouad (Programa Universitário de Assistência ao Dependente Químico), instituído em caráter multidisciplinar junto à Pró-reitoria Acadêmica e cadastrado na Proext (Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária) da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).

Primeira ação da parceria reuniu representantes do projeto e Unoeste
A primeira ação do programa ocorreu há duas semanas, com encontro entre as partes envolvidas, objetivando a elaboração de diagnóstico, a partir do qual serão desenvolvidas várias atividades, além das que a universidade já tem realizado no projeto vinculado ao Centro de Formação de Vida Cristã. As ações extensivas filantrópicas do Prouad envolvem professores e alunos nas áreas de ciências da saúde, sociais aplicadas, agrárias e humanas, em caráter multidisciplinar, voltadas às políticas públicas de direitos humanos e justiça, educação e saúde.
A supervisão e coordenação ficam por conta da professora Rita de Cássia Bomfim Leitão Higa, a qual apontou que a intenção é proporcionar um e com ações integradas, através de projetos de extensão que serão vinculados ao programa. Dependentes químicos em situação de rua, ao serem inseridos no Projeto Cristolândia, recebem tratamento integral: físico, emocional, espiritual e laboral. Atualmente, são atendidos 26 alunos. Durante o primeiro ano do projeto na região de Prudente, três alunos concluíram o ensino médio; cinco estão reinseridos na sociedade, mas continuam sendo acompanhados; e um que vai para o trabalho todos os dias e retorna para dormir na entidade.
No fim do ano ado, ocorreu a descoberta de que muitos deles nunca tiveram ceias de Natal e ano-novo. "Alguns choraram diante da mesa repleta de alimentos", comenta o pastor André Kallil, que acompanha do projeto. Para este fim de ano, cerca de 50% dos alunos foram preparados para ar as festas com suas famílias. Alguns deles não tinham convívio familiar há muitos anos. As famílias também foram orientadas para recebê-los.
Para Kalil, o resgate de cada pessoa é sempre uma vitória, considerando que a recuperação influencia também a família. Quanto à ajuda para manutenção do projeto, ele enfatiza que são aceitos auxílios de todos os lados, independentemente de doutrina religiosa.