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OPINIÃO - SARA LOPES 604o27

Data 21/03/2025
Horário 05:00

Não é fácil. Não tem nada de romântico em ser mãe atípica. Há 14 anos tive a grata felicidade do nascimento da Maria Luiza e um mergulho no mundo de ser mãe de menina. Aprofundamento que continuou com a notícia de mais uma gravidez. Outra menina. Um convite para ser mãe de novo.

E, durante a gestação, um novo convite. Totalmente diferente. Incerto, desconhecido. Completamente novo. Dentro deste universo em que fui convidada há 11 anos com minha filha Gabriela, existe uma beleza em ser uma mãe atípica. Não é fácil, mas é desafiador. É como pular no vazio sem ver o chão. Até tocá-lo, é somente vácuo.

A cada nova batalha, uma nova conquista. Quando aceitamos nosso filho com Síndrome Down, as coisas mudam em nossas vidas. Hoje a Gabriela é uma atleta de natação; tem a possibilidade de praticar uma luta que ela ama, que é o jiu-jitsu. Hoje ela frequenta uma escola regular e com todas as possibilidades que podemos lhe oferecer.

Qual a diferença? Este sinal gráfico de interrogação, ao menos para aqueles com bom senso e empatia, é pergunta retórica.

Que neste Dia Internacional da Síndrome de Down possamos, todos juntos, combater o preconceito. Aliás, aqui uma explicação etimológica desta data comemorativa. Sobre o “comemorar” mesmo.

Em que pese costumeiramente o uso ser referente a celebrações, festas, alegria, a palavra “comemorar” tem origem no latim commemorare, que significa “trazer à memória” ou “recordar com”. Commemorare é composto pelo prefixo com-, que intensifica, e pelo verbo memorare, que significa “lembrar-se”. Já Memorare vem de memoro, que significa “pôr na memória” ou “lembrar”.

A data escolhida é uma bela referência à trissomia do 21, o 21 de março, grafado internacionalmente como 3-21. Assim, esta sexta-feira é um dia para relembrarmos e combatermos o preconceito, a exclusão, quebrar o estigma social. Um dia de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas.

Não existe conto de fadas em ser uma mãe atípica. Mas quando aceitamos e abraçamos, a magia acontece. Que hoje possamos tirar nossas meias coloridas da gaveta e apoiar esta causa.

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