Diversas tragédias no trânsito estampam as capas de jornais Brasil afora diariamente. Por aqui, uma das mais recentes aconteceu há uma semana, quando a pequena Alici Geovanna Moreira da Fonseca, de apenas 8 anos, morreu, após ser atropelada por um ônibus da Prefeitura de Pacaembu. O motorista, um servidor público de 66 anos, chegou a ser preso, mas responderá em liberdade pelo crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) na direção de veículo automotor, agravado pelo fato de estar em transporte de ageiros.
As investigações continuam, mas a vida da criança, que tinha tudo pela frente, não volta mais. Sem pensar neste caso em específico, mas falando no geral, quantos acidentes não ocorrem por mera falta de atenção ao dirigir ou simplesmente por imprudência e irresponsabilidade no trânsito?
Conforme matéria divulgada na edição de ontem, a Operação República, realizada em rodovias da Cart – entre elas a Raposos Tavares -, teve uma redução, neste ano, de 23% no número de acidentes. Nos quatro dias de feriado prolongado, as equipes de operações atenderam a seis acidentes sem vítimas e outros quatro com feridos. Todos os registros foram de baixa severidade, sem vítimas graves ou fatais.
O balanço da Operação Proclamação da República 2022, agora da Polícia Militar Rodoviária, ocorrida entre a 0h da última sexta-feira e as 23h59 de terça, em mais de 1.530 km de rodovias e os nas regiões de Presidente Prudente, Dracena e Presidente Venceslau, também é positivo se comparado com o ano anterior. Mostra queda de 100% em sinistros com vítimas fatais, baixa de 75% em acidentes com vítimas leves e estabilidade em relação a acidentes com vítimas graves.
Há dados, porém, que preocupam. E vão na contramão de tudo que é feito para prevenir e alertar sobre os perigos na estrada. As infrações por uso de celular ao volante foram as que tiveram um aumento mais significativo na região em relação a 2021: alta de 120,5%. Em 2022, foram contabilizadas 75 infrações do tipo. Já no ano ado, foram 34. Cresceram também, neste ano, as infrações por excesso de velocidade (69,1%), falta do uso do cinto de segurança (52,8%), ultraagem proibida (23,2%) e embriaguez ao volante (11,8%).
Atitudes inissíveis para quem vai dirigir. Falar ao celular, enviar mensagens enquanto deveria estar com a atenção voltada para a rua/estrada, mexer no aparelho de som e tirar fotos, além de não respeitar o limite de velocidade e a sinalização, contribuem para esta triste realidade no trânsito. Muito é falado sobre o assunto, mas poucos colocam em prática. A maioria dos acidentes poderia ser evitada. O que falta é mais prudência na direção. Mãos no volante e também na consciência.
