"Foi um ano difícil para todos”, avaliam empresários 2j3n14

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PRUDENTE - Rogério Lopes 601p5l

Data 29/12/2015
Horário 05:26
 

O fim de ano chegou e, como de costume, muitas pessoas fazem um balanço dos 12 meses que integram o calendário, os projetos colocados em prática, as conquistas, perdas e dificuldades enfrentadas. Ou seja, avaliam se o ano foi produtivo e traçam novas metas para o próximo período. No entanto, não é necessário conversar com muitas pessoas para saber que entre as palavras mais ditas ao longo deste ano foram crise, reajustes, inflação e economizar. Isso porque, conforme inúmeras reportagens publicadas por este diário, a instabilidade e retração da economia nacional afetaram o cotidiano do brasileiro e fez com que a população e instituições públicas e privadas revessem seus orçamentos e cronogramas, e adotassem medidas para conter e reduzir gastos.

Seguindo o exemplo de muitas famílias e órgãos públicos (principalmente prefeituras, que colocaram em prática uma série de procedimentos para diminuir as contas), as empresas dos mais diferentes segmentos também foram "obrigadas" a traçar estratégias para "driblar" o momento de recessão, de aumento de impostos, taxas e tarifas, tendo, até mesmo, em alguns casos, que demitir funcionários.

"Foi um ano difícil para todos", relatam os empresários de Presidente Prudente. Segundo os entrevistados, a desvalorização da moeda nacional, em vista aos reajustes que ocorreram, causou o "aperto" nas atividades. Para eles, a melhora e recuperação econômica do país não vão ser "tão rápidas" e 2016 tende a ser um ano ainda instável e de alerta.

 

Crise iminente

Questionado sobre as atividades no decorrer do ano, o fundador e membro do grupo Staner, Renato Severino da Silva, diz que foi um período "parado", em que a indústria foi atingida diretamente pela crise financeira e que o setor está em regime de "sobrevivência" frente aos altos custos. "A indústria foi altamente prejudicada com a desvalorização do real", cita. Para ele, se não houver mudanças no cenário econômico, a tendência é que "a situação piore ainda mais em 2016". "A recuperação será a longo prazo, mas algo tem que ser feito de imediato", sinaliza.

No grupo empresarial a que pertence, Renato afirma que houve orientações para reduzir as contas mensais, como água, luz, combustíveis, viagens, entre outras, como forma de se adequar ao atual período. Além disso, o representante diz que 75 funcionários foram dispensados, o que representa um corte de 15% do total de colaboradores do grupo. "Tivemos que adotar esta atitude", salienta.

"Houve uma visível redução de consumo, principalmente em nosso setor", menciona o proprietário de posto da Rede Prudentão, Lourivalter Gonçalves. Ele diz que manteve a equipe, mas houve ajustes nas despesas mensais, para diminuir os gastos. "Não tivemos demissões, mas houve uma série de planejamentos e medidas de contenção", expõe.

Sobre a expectativa para 2016, Lourivalter acredita que também será difícil, devido aos reflexos deste ano. "Com a renda menor, as pessoas consomem menos e, com isso, não há o giro financeiro no mercado", atenta. Para ele, apenas em 2017 o momento de retração econômica estará mais ameno, isso se os governos adotarem procedimentos desde agora. "Tem que ocorrer mudanças urgentes", acrescenta.

 

Estável

Enquanto a moeda nacional sofreu "uma queda", o dólar ou o ano bem cotado, fato que ajudou os empresários que atuam com a exportação. Como os produtos são comercializados para outros países em dólar, isso ajudou para o equilíbrio financeiro. De acordo com o membro do Sindicouro (Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado de São Paulo) e de uma empresa do setor de curtume na cidade, Fernando Rodrigues Carballal, a comercialização no ano se manteve estável, graças à exportação, porém, em um cenário abaixo do normal. "O dólar mais valorizado que o real aliviou um pouco a pressão da crise para quem exporta", explana.

Ele pontua que também conseguiu manter o número de funcionários, mas teve orientações para todos colaborarem nas reduções das contas cotidianas. "Diminuir despesas é uma luta constante", relata. Para o próximo ano, o diretor frisa que mantém pensamento positivo. "Temos que acreditar que vai melhorar um pouco", finaliza.
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