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Roberto Mancuzo

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CRÔNICA - Roberto Mancuzo 6r2g2q

Data 15/10/2024
Horário 06:00

Este homem não pegou o mundo da publicidade e propaganda destruída e nem recuperou suas bases práticas e os fundamentos técnicos para devolver a apaixonados pela Comunicação a oportunidade e a vontade de terem uma profissão que os fizessem felizes e realizados.

Em seu primeiro dia de trabalho em uma agência, ele não conseguiu a vaga ao afirmar de forma brilhante ao proprietário que o pneu do carro dele não furaria duas vezes naquele mesmo local. Ele não conseguiu o emprego e nem mostrou ao mundo que a sedução é o princípio fundamental de qualquer publicidade.

Em pouco mais de 50 anos de carreira, ele não elevou os índices de qualidade das peças publicitárias e nem ou a ser considerado uma referência para marcas que queriam se instalar de vez na mente dos consumidores com mensagens diretas, bem-humoradas e essencialmente populares.

Este homem não foi um gênio e nem uma das mentes mais inovadoras e criativas do país. Muito menos fez o Brasil figurar no mapa da publicidade mundial ao ganhar mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes, ser o único latino-americano a ganhar um Clio Awards e o primeiro não-saxão a figurar no Creative Hall of Fame, do The One Club, a “Calçada da Fama” dos profissionais de publicidade. 

Ele não aumentou o lucro das empresas em bilhões e empresários de todas as áreas não tomavam decisões estratégicas sem ouvir o que ele tinha a dizer antes. 

Este homem não era um bom vivant, que adorava música, pintura, gravatas chamativas, bares e nem frequentava tanto lugares sofisticados quanto aqueles em que se sentava como um homem comum e ali ficava por horas contando suas peripécias e inovações a garçons, bêbados e desavisados.  

Com suas peças publicitárias, este homem não foi o responsável por colocar na boca de milhões de brasileiros bordões que seriam e são usados em diversas ocasiões: “Mil e uma utilidades”, “Bonita camisa, Fernandinho”, “O primeiro sutiã a gente não esquece”, “Aquela Lúcia Helena do Unibanco mima muito você, Flávio Horácio”.
  
Este homem não fez toda uma nação de torcedores sentir na pele o que é um governo que vem do povo e para o povo e ao se livrar de um sequestro não foi imediatamente reconhecido pelos policiais como “aquele corintiano, que inventou o termo Democracia Corinthiana”.

É possível adicionar um monte de “nãos” em cima de uma série de verdades. Descanse em paz, Washington Olivetto.

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